sexta-feira, 24 de março de 2017

PSD, PSDB e PMDB discutem a relação para evitar fissura na base

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o prefeito Luciano Cartaxo (PSD) devem se reunir ainda sexta-feira (24) para tratar de temas administrativos e, principalmente, política. O objetivo é assegurar a aliança vitoriosa em 2016 e evitar fissuras nas oposições diante das informações recentes dando conta de candidaturas próprias do PMDB, com o senador José Maranhão, e do PSDB, com o prefeito de Campia Grande Romero Rodrigues. E, para completar o cenário, boatos dão conta de que Cartaxo poderia se aliar ao governador Ricardo Coutinho (PSB), para ser seu candidato ao governo.
O entendimento reinante no grupo é o de que, unidos, eles têm grande chance de vencer a chapa apadrinhada pelo governador. Separados, a possibilidade de sucesso míngua. No reservado, tucanos, pessedistas e peemedebistas atribuem aos aliados do governador Ricardo Coutinho os boatos com o intuito de fragilizar a aliança. A tese é a de que, separados, Cartaxo, Cássio e Maranhão representam uma ameaça apenas relativa ao projeto socialista de fazer sucessor no governo. “É objetivo deles nos separar”, diz o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PMDB). “Estaremos juntos e os espaços na chapa majoritária serão preenchidos no momento adequado”, acrescentou.
Caso Luciano Cartaxo seja candidato ao governo, Júnior assume a titularidade na prefeitura de João Pessoa. A entrada de Romero Rodrigues na lista de possíveis candidatos é vista, por enquanto, como uma manifestação particular. Apesar disso, ninguém nega que os três partidos tenham nomes para apresentar. Cássio, por exemplo, se colocou na manhã de hoje como um mediador entre as lideranças de oposição e, portanto, na posição de candidato à reeleição. Já Maranhão terá quatro anos de Senado pela frente, mas tem o nome cotado para o governo.
Cartaxo é visto no grupo como uma liderança em ascensão, vitaminada pela reeleição em João Pessoa, mas precisará ganhar cancha no interior se quiser ser candidato ao governo no ano que vem. A preocupação de blindar o bloco, por isso, é para evitar a fragmentação das lideranças, porque, com ela, o grupo pode se transformar em presa fácil no ano que vem.

Nenhum comentário: