terça-feira, 1 de outubro de 2013

População cobra construção do matadouro, João Guimarães alerta que o quilo de carne pode custar R$ 20, RP diz que comissão que existia estava atrás era de emprego na prefeitura e Jacklino diz que falta compromisso...

Itaporanga chega a segunda semana vivendo um crise financeira/inflacionária com relação ao preço da carne que é vendida no açougue público e precedendo consigo uma calamidade pública de saúde, diante da incerteza que a população tem sobre a origem da carne que está sendo vendida. Onde está acontecendo o abate de animais? É o principal questionamento da população, já que com a proibição de se proceder no abatedouro público de Pedra Branca, o comerciantes de Itaporanga ficaram sem local adequado para essa finalidade.
É voz corrente nas ruas de Itaporanga e já toma conta dos debates na Câmara Municipal a inércia da atual gestão municipal em solucionar um problema que é do município e tal deve ser tratado com total atenção pelo seu gestor, sem esperar que a mágica solução de consórcio municipal vá resolvê-lo. Por conta disso, o atual prefeito Audiberg Alves (PTB) foi duramente criticado pela falta de projeto administrativo nesse sentido, ainda mais que sua campanha foi feita com duras críticas à gestão passada por essa problemática, dentre outras, a exemplo, do lixão que ainda teima em enlamear a história da cidade.
Quem puxou o assunto foi o vereador João Guimarães (PSC), comerciante do ramo, que fez um alerta à população para a alta no preço da carne que deva afetar consideravelmente o bolso do itaporanguense. João criticou alguns colegas pela omissão com o assunto e disse que a atual gestão tem o dever moral de construir um abatedouro público: "Vejo a falta de compromisso de alguns vereadores com relação a esse assunto. Dizem que a prefeitura não tem dinheiro para construir um matadouro. Uma vergonha, se esperar pela construção [pelo governo do estado] que não se sabe nem se será feita", disse.
"Estou a lamentar pelos marchantes, como eu, que não tem onde matar o gado. Com isso o preço do quilo de carne deve chegar à R$ 20 e acho que quando os próprios vereadores forem tirar do bolso essa quantia aí irão perceber o tamanho do problema. Itaporanga não constrói um matadouro porque não quer. Aí ficam enganando o povo dizendo que tá esperando o governo construir. Ele vai passar quatro anos e não faz", alertou João que tem conhecimento de causa para falar sobre o assunto, já que enfrentou o tema ainda quando não era parlamentar-mirim.
Por sua vez, o vereador Ricardo Pinto criticou também a comissão de marchantes, formada ano passado para cobrar da Justiça o fechamento do matadouro existente, que hoje não se ver defendendo uma solução por estar comprometida com a atual gestão. "Antes existia uma comissão que vivia nas rádios e jornais batendo, através do Ministério Público, correndo pra saber porque não se construía um matadouro. Essa comissão precisa ser revista sua composição. O objetivo dela não era está atrás de construir matadouro. O objetivo dela era está atrás de emprego pra mulheres, pra um filho ou outro parente na prefeitura. Porquê ninguém ver mais esse povo falar sobre o assunto", declarou o tucano.
Ricardo lembrou que o ex-prefeito Djaci Brasileiro deixou um terreno de três hectare comprado destinado à construção do matadouro: "O que se pode fazer, na época, se fez, pois o ex-prefeito comprou um terreno, fez o projeto, mas não deu tempo de proceder com a licitação para sua construção com recursos próprios. Mas tudo ficou encaminhado e até hoje não se viu uma ação do atual prefeito. Somente diz que não tem condições". Já o presidente da Câmara, Jacklino Porcino foi mais incisivo e disse que o atual prefeito não constrói o matadouro simplesmente por não tem boa vontade e compromisso com a cidade.
"Itaporanga não constrói um matadouro simplesmente por que não tem interesse. O atual prefeito fez a campanha dele em cima desse assunto, criticando a gestão passada por isso. Se ele tivesse a boa vontade no segundo dia de governo já estava sentando a primeira pedra na construção. Se iria passar quatro anos construindo, mas, pelo menos, tinha argumento de dizer a população que estava fazendo a sua parte", pontuou. 

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